Processo por "assassínio"
As autoridades francesas abriram um processo judicial por “assassínio”
no caso da morte de Yasser Arafat, em 2004, num hospital de Paris.
A investigação segue-se a uma queixa apresentada sem um acusado definido
pela viúva do histórico líder da Autoridade Palestiniana, Suha Arafat,
na sequência de revelações de que havia uma quantidade anormal da
substância radioactiva polónio em roupas de Arafat.
A Autoridade
Palestiniana, que tinha exigido um inquérito internacional como o da
investigação da morte do antigo primeiro-ministro libanês Rafiq Hariri,
congratulou-se com a notícia da acção das autoridades francesas.
As
análises foram feitas pelo Instituto para a Física das Radiações de
Lausane, Suíça, a vestígios biológicos retirados das roupas do líder
palestiniano que tinham sido entregues à sua viúva, Suha, pelo hospital
militar de Percy, no Sul de Paris, onde Arafat morreu.
O polónio é a substância com que foi envenenado o antigo espião russo Alexandre Litvinenko, que morreu em Londres em 2006.
No
entanto, para confirmar o alegado envenenamento por polónio de Arafat,
seria preciso exumar o corpo, sublinhou logo o instituto suíço que levou
a cabo as análises às roupas. Já foi dada autorização quer pela
Autoridade Palestiniana quer pela viúva, mas a exumação não foi ainda
feita.
28.08.2012 - 18:25
Por AFP, PÚBLICO